quarta-feira, 8 de setembro de 2010

a nostalgia voltou






sinto falta dos nossos momentos de ternura e cumplicidade
    A nostalgia voltou a morar no meu espírito, nesta alma indomável e neste coração imprevisível. Há sempre uma outra margem de mim que prefiro esconder deste mundo que teima em opinar sem saber se nos magoa ou não, com cada palavra racional, digo racional porque no fundo sei que por vezes têm razão, mas para quem ama, é tudo tão surreal.
    O meu coração vive numa inquietude e instabilidade que só a noite sabe, só ela me observa quando a saudade me abraça a alma e o meu rosto fica perplexo de lágrimas desesperadas. Não escondo de ninguém, que  tu és o menino dos meus olhos , é visível mesmo aqueles que trocam palavras banais comigo. Posso fazer o que todas fazem, mas  há um pedaço de  mim que não sei o porque não consegue fugir aos instintos, é nessas noites nostálgicas que me lembro mais de ti. Lembro-me o quanto era bom amar-te e saber que me amavas de igual modo. 

    Tento esquecer esta mágoa que me apazigua em noites nostálgicas, o tempo doí , arranca de mim tudo o que eu já fui contigo, eu sei que continuas a abraçar tudo o que te dei e sei que de certa forma ambos aprendemos um com outro. O tempo parece perdido, mas nunca está, nunca é tarde. Ás vezes é necessário termos uma distância e um tempo, para reflectirmos bem sobre o que realmente queremos. 
    Durante este tempo da tua ausência, tenho-me perdido num rio de memórias, o meu barco de recordações navega em mares negros e depois têm dificuldade de voltar ao cais, porém a maré alta traz com ela o que eu mais quero esquecer, a tua imagem. não esqueço as pegadas que marcaste na areia do meu peito.
    Há sempre aquelas noites em que a nostalgia habita em mim e confunde-me as ideias, deixa-me baralhada, por saber que estou divida entre este amor incondicional e a minha liberdade. Já não sei, qual é o rumo que deva seguir, se o da racionalidade ou a veia deste sentimento absurdo que consiste em ser uma tentação. Sinto-me como se de o pássaro, fosse.. voo por onde quero ,porque tenho em mim a liberdade para tal, voo a que destino pretender e posso andar a divagar por onde quiser, mas isso não me preenche e porque? Talvez, por saber que tu és o meu porto-de-abrigo seguro e que é contigo que vivo num ninho perfeito de amor puro. 
   Recordo os sorrisos e olhares que trocamos,a cumplicidade que vivemos, os segredos que revelamos, os passeios que trocamos, os beijos apaixonados que demos e sobretudo tudo o que fomos.
    Continua a assombrar-me esta falta de ti, este coração permanece mudo às palavras de outras almas, ficou de luto, é assim que me sinto. Sei que pode passar o tempo que passar , que ninguém de mim te vai apagar. É como eu vivesse numa espera permanente, como vivesse numa espera por quem nunca esqueci. A nossa história é única, porque começou de uma forma extremamente estranha mas que fez de ti o mais especial.
    Sinto uma vontade louca de correr pela estrada fora, esquecer todos os rancores e desgostos que passei e perder-me novamente nos teus braços. ai, como eu preciso do teu abraço tão envolvente! Sabes que continuas a residir em mim, bem cá dentro do meu peito, desta alma que ainda tem tantas palavras não pronunciadas nos teus fascinantes olhos esverdeados que neles tantas vezes me perdi. 
    Vou surrar-te um dia bem solenemente ao teu ouvido, que me perdi para  me encontrar, por saber que era contigo que eu gostava de ficar, se esse dia nunca chegar, é porque nunca foste meu completamente, porque sempre ouvi dizer : o que é nosso, nunca se vai para sempre. o que amo deixo livre, se nunca voltar é porque nunca me pertenceu. eu serei sempre aquela menina que um dia se esqueceu de ser ela por tanto te ter amado e (continuar silenciosamente a amar da mesma forma como daquele dia em que os nossos olhares se cruzaram pela primeira vez, o coração desde aí ficou exultante e incapaz de outro alguém tocar profundamente nesta alma por vezes incompreensível, mas que vive apaixonada e intensa por ti).
     Simplesmente, não há ninguém como tu e com isto tenho tudo dito! São as emoções que tive contigo e que acabei por perder que me marcaram a vida e sobretudo a alma.  Será que um dia deixarei de ser uma moça perdida e voltarei a percorrer as ruas da cidade de mão dada contigo? Neste Inverno que se aproxima, espero que estás lágrimas que me lavam o meu rosto não se misturem mais com os pingos de chuva, porque se assim for, não terei força suficiente para combater esta enorme saudade.








Um comentário:

jo disse...

Não é o caso de ser sentimentalista ou não, porque até os mais frios conseguem amar!
é o caso de terem conseguido tirar uma grande pessoa do meu caminho!
quem, ainda não sei ao certo, mas o destino, sim, porque eu acredito nele, é um grande responsável por isso!

beijinhos