quinta-feira, 2 de setembro de 2010

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   Ultimamente tenho sido bombardeada com talvez algo que sabia, mas que preferia não ouvir. Sei que esta minha atitude revela egoísmo , pelo simples facto de não te poder ter e não deixar mais ninguém ter-te. Nunca me senti assim.Queria tanto que me fosses indiferente. Mas não, não és. Eu sei que posso fugir de ti , porém não posso esconder. 








     Gostei de falar contigo (pena que tenha sido por estares com substâncias no sangue mas que te fizeram falar o teu coração), ainda assim deu para dizer-te tudo o que me preenchia o pensamento e me magoava a alma. Principalmente, adorei o facto de não teres sido aquele que te tornas-te, disseste-me tudo nos olhos, sabes que para mim não existe nada que tenha mais valor que esse gesto tão nobre.








    Estava no meio de uma multidão, já tinha perdido a esperança de te ver, era um querer e em simultâneo um recear. Andava por ali veladamente, para não dar a entender a imensa vontade que te tinha de ver, de observar com os meus próprios olhos se tudo o que oiço sem querer era verdade. Ainda assim, cruzei-me contigo subitamente e as palavras desencadearam-se como fosse um leque de memórias. 
    Passei por ti e a primeira reacção foi ignorar-te, no final de contas, era isso que eu tinha que fazer, para não desvalorizar os meus princípios morais. Qual o meu espanto,quando me chamas.. não queria acreditar! Ainda assim agi incautamente. Desci e subi as escadas. Voltei a subi-las, quando de repente oiço uma voz que reconheci logo, eras mesmo tu..
-Laura, preciso falar contigo.
-(girei o corpo de imediato), sim diz.
-Eu não tive nada com ninguém, a sério que não, só me diverti mas não me envolvi com ninguém, como descreves que beijes outros lábios no teu blog. 
-Eu não me importa, já não somos namorados, tu faz o que quiseres, simplesmente eu já não tenho nada a argumentar.
- Sabes que tu serás sempre a menina dos meus olhos, bem como sei que sou isso para ti também, ou estou errado?
- (sorri ironicamente) e permaneci em silêncio.
-Diz-me Laura, estou errado? O que nos passamos nunca ninguém conseguirá substituir e fazer-me esquecer de ti.
-Queres que repita aquilo que já me cansei de dizer e tu nunca acreditas-te? Se nunca acreditas-te no que sentia e dizia não é agora que já não estás comigo que vais acreditar. Mas tudo bem, eu digo-te. tu para mim serás sempre tu , estás satisfeito?
- (sorris-te) 

  Ás vezes, devia saber controlar este coração para não agir imprudentemente. Devia manter-me quieta e respeitar o teu silêncio e o teu espaço,saber deixar-te viver e viver sem te ter no meu mundo, sei que te continuo a amar, mesmo sabendo que não estás mais comigo e que já não pertenço aos teus projectos de vida. Porém,contenta-me saber que um dia fomos um só e assim que quero recordar-te.Talvez não sejas o homem da minha vida, mas foste o único que amei e me entreguei de coração.

  Não quero que ninguém esteja mais no livro das minhas aventuras, preciso de um tempo para mim, para matar este amor que ainda me invade em dias nublados, é como estivesse de luto, sim luto de amor, preciso e tenho que estar sozinha. Não preciso estar noutros braços para me confortar e de certa forma minimizar a dor que apazigua em mim de querer estar contigo. Contudo sei, ou eu te tinha a ti e não tinha a minha vida, ou tenho-a e não te tenho a ti. Hoje estou bem e com o tempo vou ficar ainda melhor. Podes acreditar ...

Um comentário:

sara torres disse...

adora a forma como expressas o que sentes e pensas :)