sábado, 26 de outubro de 2013

Dor de tanto sentir

Ás vezes a maior saudade que nos vai consumindo aos poucos por dentro é aquela que está perto, é aquela que mais faz doer a alma e faz soluçar o peito.
A pior ausência é indubitavelmente daquela que está a meia-dúzia de passos ou imbuída num pequeno diálogo. O tempo passa e passa, ele voa como o movimento do relógio. Não espera por nada nem tão pouco por alguém.
No fundo, tanto nós, como daqueles que nos rodeiam, sabem perfeitamente que não somos um casal ideal, daquele que visualizamos desde sempre na "sétima arte".  Por natureza, não somos de facto duas pessoas com paciência, contudo, talvez, pelo amor que nos une ou um dia uniu, aprendemos a ter essa meia-paciência.
Todas as relações tem as suas desavenças, elas fazem parte, mas quando se tornam num tudo, tudo pode terminar mesmo.
Confesso que lidar comigo é uma tarefa árdua e não imediata, aprende-se aos poucos, com a convivência, o tempo, a experiência. Sempre fui "menina do meu-nariz",  dona da razão, mas, também aprendi a reconhecer quando não a tenho, e tu? Ainda não ganhaste essa capacidade. Não consegues admitir os teus erros de forma verdadeiramente arrependida, pois, assumes num segundo e voltas a repetir no mesmo minuto.
Sabes.. ultimamente a minha alma tem chorado muito. Ela está saturada de jogos psicológicos, baseado em guerrinhas verbais, em gestos pensados para atingir..Ela chora de doer.. por sentir que te perdeu..por não te reconhecer mais..Chega de esta luta.. desta briguinha de cão-gato. Sei que nos amamos..e dai? Uma relação não vive só de amor.
Nunca te quis mudar, contudo, o amor (esse sentimento que deveria ser considerado uma patologia), faz-nos fazer coisas que jamais pensamos no nosso consciente fazer. Apesar de ser menina de sonhos e de fantasiar com "histórias de romances perfeitos", vivo a sonhar, mas com os pés bem assentes no nosso planeta... Nunca esperei que levasses o café da manha à cama, que visses filmes-românticos a meu lado, que passeássemos juntos pelas paisagens naturais ou pelos vestígios históricos..que tirássemos aquelas fotografias estúpidas que cada casal tira...que me deixasses um bilhete..que jantássemos à luz das velas.. que fizéssemos amor ao luar... Eu só te pedia uma coisa: o teu amor, respeito, compreensão. Apenas isso. 
Não te culpo. Culpo-me a mim. Odeio a dor de tanto sentir (...)

E de repente, deu-me uma súbita vontade de te escrever ou então de aliviar o aperto forte que me invade há dias e dias...as palavras estão bloqueadas..tal como a minha alma num curto espaço de tempo, congelou. 





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